Série especial- retrospectiva divagações & pensamentos

Série desempoeirados poemas- ego excêntrico

Improváveis – Livro de poemas (GeraldoCunha)

Uma ótima leitura para começar o ano de 2022

Poesia leve, falando sobre o cotidiano, sentimentos, vivências.

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GeraldoCunha/2021

O que aprendi

A tomar chá quente.
Que quem se preocupa liga.
A entender que a solidão não é só minha.
Que não sou só eu quem precisa dar o primeiro passo.
A não levar as mãos no nariz.
Que quem tem ambição continuará tendo ambição.
A lembrar de regar as plantas.
Que quem é solidário ainda é mais solidário quando é preciso ser solidário.
A não acumular porque vai ter que limpar.
Que quando alguém ausente diz “você está guardado no meu coração” é porque perdeu a chave.
A ocupar os espaço vazios.
Que os alienados continuarão alienados ou mais.
A deixar o acaso dizer a que veio.
Que as maiores distâncias podem ser percorridas em um passo.
A não ter pressa ou pensar que tinha.

(GeraldoCunha)

Zero hora


Depois de deixar de acreditar nas pessoas fica difícil seguir em frente, pois todos os projetos traçados e todos os objetivos de vida não são pensados para se fazer sozinho.
Bate o cansaço de buscar por pessoas e permitir que outras se aproximem.
Surge a dúvida, a desconfiança e o medo, que se transformam em desinteresse.
Aos poucos vai deixando de acreditar, desconfiando de suas escolhas e duvidando dos caminhos seguidos.
Deixa também de ser acreditado, observado e escutado.
Aos poucos se percebe que está falando para paredes e muros, vagando sem rumo, completamente invisível.
O melhor é zerar o relógio e começar tudo outra vez.
O recomeço é algo difícil e, a toda vez que o relógio é zerado, um pouco se perde.

Páginas em branco

Olhando fixo para o papel ainda branco, apenas com alguns riscos sugerindo algo a ser contado.

O vazio daquelas páginas, retratando uma alma escravizada por pensamentos que não querem se mostrar.

Folhas e folhas descartadas em um canto, arremessadas pela implacável dúvida de como começar.

A cada tentativa uma nova palavra surge, dando sentido à anterior, mas pedindo um complemento que não vem.

(GeraldoCunha/2016r)

Já não sei… Eu só! (Reeditado)


Já sem esperança resolvi acreditar na vida!
Quando tudo ficou em silêncio pude perceber que estava só.
Já não sou mais necessário, não faço falta!
Se sou lembrado já não sei, ninguém me diz.
Ninguém ri daquela piada engraçada que conto.
Já não conto piadas, não tenho para quem contar.
Cruzo o tempo todo com pessoas estranhas,
Até quem eu pensava conhecer virou um estranho!
Hoje luto para sobreviver,
solitário no meio de tantas vozes, vivo!
(poema escrito em 2016)

Impuro e virtuoso – reeditado

Impuro ontem, virtuoso hoje.
Um mesmo corpo e uma mesma mente podem abrigar.
Disso sei eu ….. e outros saberão.
O que pesa é o julgamento.

Não somos o que confessamos, o que se vê não passa de ilusão,
é apenas aquilo que você prefere enxergar.
Para você não passo de uma ilusão.
Sou alma retocada.

Preciso de uma conversa sincera, verdadeira,
que só posso ter comigo mesmo, pois o outro não me alcança.
O medo da transparência isola, uma parte de mim quer gritar!
E por medo dá apenas dicas.
Direciona para aquilo que você não conseguirá enxergar.
O medo de se revelar impede ver o outro.

Vamos falar então do impuro.
Incógnito, você e seu reflexo se fundem.
A verdade transparece na penumbra, no anonimato.
Penso ser só físico, mas nem sempre o é.
Sendo eu, encontro-me pleno quando posso dividir esse momento,
que à primeira vista é só físico, com outra alma confessa.
Vivemos minutos ou horas de verdade.

Hoje virtuoso, reflito…!
Minha realidade é uma farsa que os outros impõem para não se mostrarem.
Ao me revelar não mostro quem sou – virtuoso ou impuro –
mas o que os outros também não querem ver refletido.
(21/09/2014)

A canção 


Tantas canções de amor que não foram cantadas para você ou por você.
O que fizemos?
Desperdiçamos refrães, rimas e poesias.
Ainda há tempo?
As canções ficarão, você talvez não.
Esquecemos de nós?
A canção não esqueceu,
Lembra que fomos felizes,
Ora calmaria,
Ora tempestade.

(GeraldoCunha/2016)

Silencio

Silencio…
Para reorganizar minhas ideias.
Quando nada há para ser dito.
Em momentos que silenciar é a melhor resposta.
Para degustar um bom vinho e me deliciar com a comida servida.
Por preguiça mesmo de pensar no que dizer.
Para não ofender com uma verdade que precisa ser falada mas que não quer ser escutada.
Silencio, pois no silêncio me expresso, quando nenhuma palavra precisa ser pronunciada e, mesmo assim, sou entendido.
(GeraldoCunha/2017r)

Talvez você – reeditado

Você me deixa intrigado, mas ao mesmo tempo, me motiva.
Você atravessa uma linha tênue e eu gosto.
Você parece brincar, mas vejo comprometimento.
Talvez eu esteja enxergando onde não tem nada pra ver.
Talvez eu queira escutar o que o seu silêncio diz.
Talvez eu sinta, apesar da ausência do toque.
Talvez você e eu sejamos apenas isto.
Talvez você e eu não tenhamos a coragem necessária.
Talvez você e eu queiramos ser…amigos.
Talvez só isto não baste para você e para mim.

(GeraldoCunha/2017)

Mensagem a um amigo


(texto de 2016, reeditado, para lembrarmos da força e importância da amizade)
Como não acreditar na força da amizade, quando, no pior momento da vida, em que as pessoas à volta vão aos poucos se afastando, você chega, vê um trapo humano lutando contra suas fraquezas, e, mesmo não tendo obrigação de ficar, diz: – não importa, vamos seguir juntos!

Escrever liberta (reeditado)


Escrever liberta

Não sou escritor, mas escrevo.
A escrita me liberta.
Não sei se serei lido, compreendido, amado ou ignorado.
Ao escrever deposito nas letras minhas alegrias,
tristezas e me liberto dos sentimentos que povoam minha mente,
dando espaço para outros ocuparem esse lugar.
Assim vou vivendo.
Às vezes escravo de meus pensamentos, às vezes liberto.

Paisagem Pedra do Sabiá (reeditado)


TEXTO ESCRITO EM UM LOCAL DE MEDITAÇÃO – Itacaré/Bahia
Paisagem Pedra do Sabiá (reeditado)

A vida é simples!
É preciso apenas ser, estar e fazer acontecer.
Simples no olhar, no falar, no sentir, para seduzir ou ser seduzido.
Como que com pinças, retire da sua paisagem o que não for simples ou estiver destoando,
Realoque outras que estão no lugar errado.
Esqueça o que foi descartado e olhe outra vez.
Nessa simplicidade se traduz a vida e as relações.
Energias que se atraem!
Esta é a química das relações que compõem o sopro da vida,
Proporcionando encontros e desencontros.
A falta dessa sintonia é a razão de estarmos no mesmo espaço e tempo, mesmo assim, tão distantes.
Não estamos na mesma paisagem, apesar de o contrário parecer aos olhos.
Vendo você ou você me percebendo, criamos a mesma paisagem,
Estaremos em sintonia e poderemos escrever uma nova história.
(02/01/2016 – Paisagem Pedra do Sabiá, Gcc)

O para sempre se foi


(Gostou? veja também: Saudade é não poder voltar)…
Sofro todos os dias sua ausência,
foi cedo demais no meu modo de pensar.
Acreditava no eterno, pois é o que permite viver,
sabendo que o fim inevitável é a morte.

Outras ausências também são sentidas,
mas nelas sempre há a esperança do voltar.
Mas o momento da partida chegou, inesperadamente,
dando pouco espaço de tempo para uma despedida.

E quem queria se despedir, sabendo que o para sempre estava ali?
Sofro só a sua ausência, pois em vida fomos você e eu, só.

É incompreensível no pensar do outro, no meu não!
Você foi só e eu fiquei só.
Não me revolto, nem me agarro a este sentimento,
apenas me entristeço às vezes, outras me alegro lembrando.

Sua presença, na ausência, ainda é muito forte,
tem memória, mas não tem o cheiro, o contato, o ouvir.
Sofro, pois uma parte de mim, do meu melhor,
se foi e não há como recompor ou substituir.

Há apenas como se adaptar e seguir.

(GeraldoCunha/2017v)

Pena de nós brasileiros – reeditado (nada mudou)

Tranquem a nós em uma jaula, alimente e dê-nos água, para assistirmos a este cenário triste e deplorável.
É o que nos resta diante da podridão de nossas instituições, mostrada sem nenhum pudor.
Lutam pelo poder e não pelo povo, esqueceram um dos elementos do Estado,
Se é que um dia se lembraram que o povo é a razão de existir do Estado.

Que um, pelo menos um, desses três Poderes se manifeste legitimamente a favor do Povo,
Esquecendo as vaidades e o benefício próprio.
Gritou e grita a nação!

Mas este é um grito silencioso, que não ultrapassa as grades das jaulas em que nos colocaram.
Surdos aos clamores e anseios do povo, escrevem uma história que não é nossa, que só nos envergonha.
O tempo passou e o cenário mudou, ficou pior, mais feio, mais sujo.
Continuamos trancados em nossas jaulas, 
Acuados e esquecidos bem lá no fundo, para onde fomos empurrados,
Com menos água, alimento e sem esperança.

(texto original Gcc/2016)
(GeraldoCunha/2017r)

Cadê você?

Quero alguém que tenha beleza, na concepção do que para mim é belo, não o que os outros dizem ou pensam que é.
Quero alguém que não seja ignorante, tampouco precisa ser super inteligente.
Quero querer estar sempre junto, sem me preocupar com quem mais está por perto.
Quero alguém que goste um pouco do que eu gosto, que não seja competitivo e tampouco egoista.
Quero alguém para quem eu possa mostrar o que gosto e que, mesmo não gostando, respeite o meu gostar, o meu sentir.
Quero alguém que se emocione com aquela música, que chore junto naquela específica cena do filme, mesmo quando o filme for uma comédia.
Quero alguém com quem tenha sintonia e que seja capaz de, em alguns momentos, completar minhas frases e ler meus pensamento.
Quero alguém que me mostre o seu mundo e me dê a escolha de gostar ou não, pois compreender eu irei.
Quero alguém que não tente me impor suas ideias e opiniões, sem ao menos me dar a chance de mostrar meu pensamento.
Quero alguém que me faça dar gargalhadas, por pior que seja a piada e que faça o mesmo, espontaneamente, quando eu, acanhadamente, tentar ser engraçado.
Quero alguém que me respeite, da mesma forma que será por mim respeitado.
Quero me encantar, ser hipnotizado com seu olhar, seu sorriso é, sobretudo, com nossas longas conversas.
Quero alguém que sinta tanto desejo, quanto eu irei sentir em estar junto, a ponto de não querer partir, mesmo sabendo que isto algum dia será inevitável.
Quero alguém com esta beleza, com paciência para ler este texto e que, de algum modo, tenha se identificado.
(GeraldoCunha/2017r)

O PARA SEMPRE SE FOI

Sofro todos os dias sua ausência, foi cedo demais no meu modo de pensar.
Acreditava no eterno, pois é o que permite viver, sabendo que o fim inevitável é a morte.
Outras ausências também são sentidas, mas nelas sempre há a esperança do voltar. 
Mas o momento da partida chegou, inesperadamente, dando pouco espaço de tempo para uma despedida. 
E quem queria se despedir, sabendo que o para sempre estava ali? 
Sofro só a sua ausência, pois em vida fomos você e eu, só. 
É incompreensível no pensar do outro, no meu não! Você foi só e eu fiquei só. 
Não me revolto, nem me agarro a este sentimento, apenas me entristeço às vezes, outras me alegro lembrando. 
Sua presença, na ausência, ainda é muito forte, tem memória, mas não tem o cheiro, o contato, o ouvir.
Sofro, pois uma parte de mim, do meu melhor, se foi e não há como recompor ou substituir. 
Há apenas como se adaptar e seguir.
(GeraldoCunha/2017v)

Amizade e transformação

Reeditado – Imagem distorcida 

Coisas acontecem na vida das pessoas e nem sempre somos capazes de enxergar através da imagem que temos delas. 

Não se afastem diante do que à primeira vista se mostra, dêem uma chance.

Amizades não são construídas em apenas um dia ou com base numa imagem fixa, apenas as paixões e estas são tão passageiras!. 

Pode existir tanta beleza por traz daquela imagem, mais do que é revelado.

(Gcc/2016 – versão Gcc/2017)

Reeditado – Carta aos “Reis na barriga”

Representatividades dos Três Poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário) e do (“quarto Poder”) Ministério Público, exerçam sua cidadania, saiam, só por um dia que seja, de seus gabinetes, dispensem seus motoristas, deixem seus carros importados blindados na garagem e passeiem pelas ruas de suas cidades. 
Faça isso bem cedinho, entre 5h e 6h da manhã, mas não se preocupem, este horário quase todos os bandidos estão dormindo. Não combinem de ir juntos, dias diferentes é melhor para não lotar o metrô (se tiver) e os demais meios de transporte. Tem “transporte clandestino”, que pode não ser muito seguro mais é “mais em conta” (é tempo de economizar). Passem pelos centros das cidades e vejam quantas famílias estão ocupando as marquises de imóveis desocupados, abandonados e oferecidos para aluguel, com suas casinhas de papelão. 
Não deixem de ir em alguns Postos Médicos e Hospitais Públicos, não se assustem, é fila de espera mesmo, alguns dormiram ali, por isso as cadeiras, os cobertores e as sacolinhas plásticas com alimentos, não estão lá a passeio não! Não menos importante é visitar os Hospitais que atendem aos planos privados de saúde, há fila de espera também, mas não tente conversar com um médico, pois ele ainda não terá chegado e só terá vaga para consulta daqui a dois meses, provavelmente. Tem outros locais para visitação, mas estes bastam. 
Então voltem para o conforto de seus gabinetes e se isto não mudou em nada a sua forma de ver os problemas sociais ou, ainda, que cheguem à conclusão de que não podem, dentro de suas atribuições e competências, fazer algo para mudar, tenham um bom dia….de trabalho. Mas não se preocupem, sempre terão súditos, vassalos e servos para “legitimarem” seus reinados. (Gcc/2016)

Reeditado – Divagação 22

Vou por aí, 
             sem rumo, 
                             não sabendo aonde ir, 
                                                                  mas com a certeza que algo de bom,
                                                                  alguém do bem vai me encontrar.
                              Preciso pegar a estrada.
             Não parar de caminhar.
até encontrar abrigo!

(Gccc/2016 – versão/2017)

Reeditado – Quero

Quero
          sair da zona de desconforto;
Quero
         sair da zona de conforto;
Quero
        sair apenas;
Quero
        apenas;
Quero.

(Gcc/2016-versão/2017)