Poemas experimentais – biotipo

Sou o que me descreve.

As canções. Feitas para mim. Que são todas com as quais me identifico. As melodias que minha alma valsa. O estranho som. O eclético. Aquela que me difama. Silêncio. Estrondo. Contradição.

Os poemas. Que não escrevi. E recito. Como se fossem a minha voz. O desarranjo das palavras que soletro no papel. Amando ou indignando. O verso. A métrica. O escândalo.

As pessoas. Que me envolvem. Com todos os abraços. As que afastam. Os braços. No trânsito sou um rosto. Sem expressão. O espanto. Medo. Reação.

Os objetos. Dispostos na estante. Engavetados. Adornos. Restos de mim jogados no lixo. A roupa que me tira a nudez. Sou pudor.

A solidão. Um rosto na multidão. Sou todos. Não estou sozinho.

A palavra. O singular e o plural. A mensagem que me chega. O poema compreendido. O protesto. O risco no espelho.

(GeraldoCunha)

Poemas experimentais – Fundo do poço: uma teoria

Quando chega ao fundo do poço

Fica lá

Por um tempo

Observa

as texturas

Estando escuro

acostume a visão

havendo luz

ajuste as pupilas

Não se desespere

No desespero

espere

Fica lá

Respire

Inspire

Sinta o ar

no pulmão

na mão

Observa

a direção

Toque

as paredes

encontre as ranhuras

Use as garras

e suba

caia

e suba

precisando

Fica lá

restabeleça

Observa

Repita

(GeraldoCunha)

Poemas experimentais – Ocupe o oco do seu ser

No vazio de nós

Sentimos as dores outras

Somatizarmos

Absorvemos

Sofrendo um sofrimento sem sentido

Pois não é nosso

Apenas se apropriou do espaço

do nosso vazio existencial

É ocupar todos os nossos vazios

Preencher cada canto

Invadir o meio

não deixar vago

o que pode ser o oco

buscando fora a dor do outro

Não se cura dor absorvendo a do outro

Não se abstrai de culpas

abraçando dores alheias

O melhor remédio é compreender

viver o luto pelo breve longo necessário

que não seja eterno

No eterno

Veste-se o terno elegante

Encerra a dor sua

O outro segue

(GeraldoCunha)

Excertos improváveis

Excertos improváveis
no ano de 2021 tive a ousadia de selecionar alguns poemas, separados por capítulos e permeados por ilustrações, tudo de minha autoria, envolvidos por uma capa contendo o título “Improváveis/livro de poemas”. Improváveis informa ao leitor que a escrita está ao alcance de todos.
Improvável para mim é tudo aquilo que você pensou que não seria capaz, foi lá e fez, desacreditando os conceitos estabelecidos.
A @editorialcasa também acreditou no improvável e fez acontecer a poesia.
E você, pela leitura e percepção, concretizou o improvável, pois as palavras só se convertem em poemas pelo olhar do outro.
Poema completo: Improváveis/livro de poemas
Autor: GeraldoCunha
Interessados na aquisição de um exemplar: Amazon

Série afetos – Muitas idades

Minissérie: escrevo flores

Série sentimentais – Grite o silencio

no sufoco
internalize
o necessário
solte
o grito
oco
agonize a dor
que corrói
anseie
a liberdade
presa
na ansiedade
inexplicável

(GeraldoCunha/ 2022)

Série improváveis- nosso tempo

Todos temos nosso tempo
para tomar decisões
para fazer o que nos propomos
para não fazer nada

Todos temos nosso tempo
para não importar
para gritar
para parar tudo

Todos temos nosso tempo
e temos a pressão
do para ontem
do para agora
do correr contra o tempo

Todos temos nosso tempo
e o livre arbítrio de dizer
agora não!

(GeraldoCunha/2022)

Série O poeta – Bloquinho

Folheadas as páginas

do bloquinho de anotações

carregado no bolso da camisa,

amassado, macerado pelo tempo da escrita e das rasuras, observa o

branco contraste do ontem escrito com o cinza dos sentimentos que não afloram. O papel não segura o risco do grafite.

O poeta descansa o toco do lápis no canto da boca,

olha para o horizonte, enxerga um infinito sob a copa das árvores, respira, fecha o bloquinho, o recoloca no bolso e volta a caminhar.

Caminhar hoje é a poesia.

(GeraldoCunha/2022)

Minissérie Pássaros- Sofrê / Corrupião

Minissérie Pássaros- Gaturamo / Fim/fim

Minissérie Pássaros- Sabiá-laranjeira

Minissérie Pássaros- Alma-de-gato

Minissérie Pássaros – Pássaro preto

Minissérie Pássaros – apresentação

Lançada originalmente no Instagram esta minissérie de desenho a cores e versos é sobre os sentimentos que os pássaros, os desenhos e as cores nos transmitem.

Não tivesse eu me arriscado nos traços e na escrita e me desavergonhado de mostrá-los não teria enxergado a beleza de tantas descobertas e os tantos caminhos que se abrem.

GeraldoCunha/2022

Série sentimentais – É preciso

Série Ateliê digital – telas

Tela: O barco
Tela: miragem
Tela: solitude
Tela: A borboleta azul
Tela: mergulho

Artista: GeraldoCunha

Serviço: Telas desenhadas em processo digital

Um pouco de Improváveis/livro de poemas

Aquisição pelo Mercado Livre e Amazon

(Pesquisem valor do frete, tem diferença de uma loja para outra)

Sempre tem novidades sobre o livro no Instagram divagações.geraldocunha (@)

Vamos fazer um sorteio do livro exclusivamente no Instagram dia 01/03/2022, então… entra lá para conferir as regras e participar .

Série desempoeirados poemas- Prateleiras

As prateleiras da minha estante são bagunçadas.
Não separo meus livros por assunto, autoria ou região,
Todos que lá estão são importantes ou não estariam.
De tempos em tempos mudos-os de seus lugares,
Dicionários estão espalhados por todos os lados,
Para que não permaneçam mudos e conversem entre si.

Em meio ao monótono dos livros enfileirados ou sobrepostos,
Provoco o caos revisitando memórias e momentos congelados.
Espalhando lembranças de lugares idos e de saudades tantas.
Faço dos livros a companhia para os objetos presenteados,
Digo quem sou através daqueles colecionáveis,
Esperando que escrevam a minha biografia.

GeraldoCunha- o ano foi 2020

Série cotidianos – Cultivo

A planta que você me deu morreu!
Penso que teve todos os cuidados de minha parte.
Mesmo assim, foi definhando e morreu. Eu me penitencio, faço auto julgamento. E não entendo.
Escolhi o melhor lugar, para colocar o mais bonito vaso, que chegou inundando dos afetos.
Talvez tenha havido excessos para mais? Se me permite a redundância.
De água, de adubo, de carinho. Dizem que carinho pode sufocar, disto não sei! Sigo acarinhando!
Pode ser que tenha sido excesso para menos. E nem sei se excesso é conta que se faça para menos!
O menos de água, o pouco do revolver a terra, o abandono pelas ausências sem aviso prévio, falta de ar das janelas fechadas. Conquanto tudo isto, carinho de menos não teve! Meu olhar sempre foi de alegria, a cada encontro e reencontro. Satisfação com as conquistas, uma folha que surgia, motivo de comemoração. A tentativa da flor, êxtase. Não bastou. Mesmo no silêncio da resposta conversava, tentava compreender, pelos gestos, no movimento das folhas.
Se falhei foi culpa dos excessos, para mais e para menos. Reconheço os meus excessos.
Sigo, tentando encontrar o ponto de equilíbrio!

A planta de você me deu morreu!
Mas antes de partir me deixou uma pequena mudinha, que ainda insisto em cultivar!

Escrevo este desabafo em forma de poema
e deixo publicado em um livro!
Porquê você também não está mais aqui.

(GeraldoCunha/2022)

Mesa para dois

Série poema curto- Gostar pelo avesso

Série desempoeirados poemas- ego excêntrico

Improváveis – Livro de poemas (GeraldoCunha)

Uma ótima leitura para começar o ano de 2022

Poesia leve, falando sobre o cotidiano, sentimentos, vivências.

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Venham compartilhar desta experiência comigo.

Pode ser adquirido também pela Amazon e em loja física na Martins Fontes Paulista.

Ou caso prefira…mande um direct pelo Instagram @divagacoes.geraldocunha (aqui com possibilidade de ir autografado)

GeraldoCunha/2021

Série de improviso- Apontamentos do que é o belo

Meu livro Improváveis- Livro de Poemas

Aquisição do livro https://editorialcasa.com.br/produto/improvaveis-livro-de-poemas/