Um pouco de poesia, um tanto de poemas, outros de ilustrações, sem esquecer da fotografia e muito mais de arte. Produção de GeraldoCunha autor da obra Improváveis – Livro de Poemas, edição 2021. Contato pelo instagram @divagacoes.geraldocunha
Lançada originalmente no Instagram esta minissérie de desenho a cores e versos é sobre os sentimentos que os pássaros, os desenhos e as cores nos transmitem.
Não tivesse eu me arriscado nos traços e na escrita e me desavergonhado de mostrá-los não teria enxergado a beleza de tantas descobertas e os tantos caminhos que se abrem.
“Conte-se que uma vez”…(Estória nº 3), “Saudade maior eram: a Barra, o rio, o lugar, a gente” (Barra da Vaca). Arenoso solo o das palavras, de encantamento, desbravadores… Serenam os olhos. Hilaridade, senso de humor. jocosidade. “Quero o bom-bocado que não fiz,, quero gente sensível”. (Esses Lopes) “O mundo se repete mal é porque há um imperceptível avanço” (Lá, mas campinas) “A vida são dívidas.A vida são coisas muito compridas.” (Melim-Meloso) “0 mundo do rio não é o mundo da ponte” (Orientação)
A sensibilidade sertaneja, que se protege com espingarda, o puro encanto com as feias moças, que são é belas: “Tanto vai a nada flor, que um dia se despetala” (Arroio-das-antas). Escorre qual sangue à faca, o desajeitoso amor, entre pedregulhos e rochedos. A sol à pique. Memórias: “A gente se esquece – e as coisas lembram-se da gente” (Arroio-das-antas).
Dos pisos do comum, nascidos do Urucúia, Abaeté, Rio Verde Pequeno, Santa-Rita, Curvello … Enveredados, no Sertão. Sertões. Ser tão. Humana terra: “De novo o Mucual”(Droenha). “Até aquele dia ele tinha sido imortal; perdeu-se as cascas” (Estória nº 3)
O Sertanejo desri da felicidade dessa gente: “Felicidade se acha é só em horinhas de descuido …” (Barra da Vaca) “O quanto, o silêncio” (intruge-se)
Ler O Rosa, em toda sua complexidade, é ao mesmo tempo um desafio e um deleite. “Todo fim é exato. Só ficaram as flores” ((Reminisção) “A vida como não a temos”. (Quadrinho de estória) “A noite, o tempo, o mundo, rodam com precisão legítima de aparelho” (Quadrinho de estória) “Idade é a qualidade” (Esses Lopes) “Meu gosto agora é ser feliz, em uso, no sofrer e no regalo ” (Esses Lopes) “Para trás, o que passei, foi arremendando e esquecendo. Ainda achei o fundo do meu coração.” (Esses Lopes)
“A cada sete batidas um coração discorda” (Estorinha) “Ixe, coragem também carece de ter prática” (Hiato)
“0 amor é breve ou longo, como a arte e a vida” (orientação) “A gente quer mas não consegue furtar no peso da vida” (Rebimba, o bom) “0 mal não tem miolo” (Rebimba, o bom)
Penso que O Guimarães fica de lá do seu Sertão, rindo destes Sertanejos tentando decifrar suas prosas poéticas. E ele que só queria uma boa prosa.
As prateleiras da minha estante são bagunçadas. Não separo meus livros por assunto, autoria ou região, Todos que lá estão são importantes ou não estariam. De tempos em tempos mudos-os de seus lugares, Dicionários estão espalhados por todos os lados, Para que não permaneçam mudos e conversem entre si.
Em meio ao monótono dos livros enfileirados ou sobrepostos, Provoco o caos revisitando memórias e momentos congelados. Espalhando lembranças de lugares idos e de saudades tantas. Faço dos livros a companhia para os objetos presenteados, Digo quem sou através daqueles colecionáveis, Esperando que escrevam a minha biografia.
A planta que você me deu morreu! Penso que teve todos os cuidados de minha parte. Mesmo assim, foi definhando e morreu. Eu me penitencio, faço auto julgamento. E não entendo. Escolhi o melhor lugar, para colocar o mais bonito vaso, que chegou inundando dos afetos. Talvez tenha havido excessos para mais? Se me permite a redundância. De água, de adubo, de carinho. Dizem que carinho pode sufocar, disto não sei! Sigo acarinhando! Pode ser que tenha sido excesso para menos. E nem sei se excesso é conta que se faça para menos! O menos de água, o pouco do revolver a terra, o abandono pelas ausências sem aviso prévio, falta de ar das janelas fechadas. Conquanto tudo isto, carinho de menos não teve! Meu olhar sempre foi de alegria, a cada encontro e reencontro. Satisfação com as conquistas, uma folha que surgia, motivo de comemoração. A tentativa da flor, êxtase. Não bastou. Mesmo no silêncio da resposta conversava, tentava compreender, pelos gestos, no movimento das folhas. Se falhei foi culpa dos excessos, para mais e para menos. Reconheço os meus excessos. Sigo, tentando encontrar o ponto de equilíbrio!
A planta de você me deu morreu! Mas antes de partir me deixou uma pequena mudinha, que ainda insisto em cultivar!
Escrevo este desabafo em forma de poema e deixo publicado em um livro! Porquê você também não está mais aqui.
Óculos, câmara na mão, tênis de trilha…descobertas, concretizações de sonhos, vontade de vida!
Mas sem um nome! E tinha o Miyake, o intelectual; Sebastião o aparecido; os Chicos, ah! os Chicos; as tartarugas: Matilda, Arlete e Odete, as tímidas; e O Beija-flor.
Eu? Queriam me chamar Haruki – primavera e árvore; Geraldinho e Dinho, tanto carinho; Oliver – gentil, bondoso; Cunha – família; Amadeus – já diz tudo; Callan – poderoso na batalha; Professor Mind – olha só! mestre, honraria. Hugo – coração, mente, espírito; Nick – independente, original.
Escolhi Dinho, que traz no diminutivo do diminutivo do nome Geraldo a força de todos os significados e sentimentos dos nomes sugeridos.
Vídeo gravação para o Instagram na série minha voz. – desafio de curtidas… uma brincadeira divertida, só possível tendo como base Improváveis- Livro de poemas … à venda pela Amazon (não custa dizer)
Série títulos – Dogville Dogville é um filme lançado em 2003 e dirigido por Lars von Trier. Quando me foi recomendado…anos depois …assisti….revi…comprei o dvd (ainda era assim). Fiquei impactado e sempre fico quando revisito. É um soco no estômago. Recentemente tive a oportunidade de, na companhia de @elianaecunha , assistir no teatro a montagem com direção de Zé Henrique de Paula e Mel Lisboa no papel de Grace, que no cinema foi de Nicole Kidman. O impacto foi o mesmo. Só para finalizar acho @mellisboa uma das grandes atrizes do nosso teatro.