
Penso que teve todos os cuidados de minha parte.
Mesmo assim, foi definhando e morreu. Eu me penitencio, faço auto julgamento. E não entendo.
Escolhi o melhor lugar, para colocar o mais bonito vaso, que chegou inundando dos afetos.
Talvez tenha havido excessos para mais? Se me permite a redundância.
De água, de adubo, de carinho. Dizem que carinho pode sufocar, disto não sei! Sigo acarinhando!
Pode ser que tenha sido excesso para menos. E nem sei se excesso é conta que se faça para menos!
O menos de água, o pouco do revolver a terra, o abandono pelas ausências sem aviso prévio, falta de ar das janelas fechadas. Conquanto tudo isto, carinho de menos não teve! Meu olhar sempre foi de alegria, a cada encontro e reencontro. Satisfação com as conquistas, uma folha que surgia, motivo de comemoração. A tentativa da flor, êxtase. Não bastou. Mesmo no silêncio da resposta conversava, tentava compreender, pelos gestos, no movimento das folhas.
Se falhei foi culpa dos excessos, para mais e para menos. Reconheço os meus excessos.
Sigo, tentando encontrar o ponto de equilíbrio!
A planta de você me deu morreu!
Mas antes de partir me deixou uma pequena mudinha, que ainda insisto em cultivar!
Escrevo este desabafo em forma de poema
e deixo publicado em um livro!
Porquê você também não está mais aqui.
(GeraldoCunha/2022)
Forte… Fortíssimo…
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Obrigado Estevam. E acrescento… pesado de escrever… duro de sentir … e para poucos fácil de compreender ! Gratidão sempre!
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A fraqueza do poeta é sua fortaleza.
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É difícil dosar amor, cuidados, afetos. As vezes cuidamos de menos ou de mais.
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