
A mente e seus subterfúgios
Um buraco oco oco oco
O coco oco oco
O silêncio do eco
sem o qual os ouvidos
não escutam o
ecooooooo
A noite sem os carros.sem os pássaros.sem os passos.
Ausência!
Casa sem o botão
cerzido às pressas
desprendido das costuras
O lado de dentro da metade do copo do insatisfeito.
A sede, vazio de água!
Concha recolhida na praia
aos ouvidos esvaziando o mar
que é vastidão de vazio
Multidão cruzando ruas, esbarrando-se, transgredindo o
sinal, apressadas, falando ao celular, buzinas, buzinas…. tantas buzinas e a sirene da ambulância que para de tocar no meio do trânsito …. não há mais tempo, só um corpo sem alma.
(GeraldoCunha/2022)
Que poema!
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Obrigado Estevan! E tantos muitos sãos os vazios, não é???
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Este está para além do recôndito d’alma.
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O vazio é triste!
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