
a chuva avançou pela janela
entreaberta o som do zinco se [banhando ecoava
melodiosa escorria pelo telhado
suave harmoniosa cadenciada
os pássaros recolhidos não me acordaram
é sábado domingo feriado não sei
eu recolhido embalado
[no tempo do agora
este som do vento frio que assusta os sentidos
convite para ficar no corpo adormecido
desejo de arrastar a cortina e flutuar na brisa
invadir o espaço que é dela
[a chuva
vestir de sua transparência
pentear seus fios que escorrem dos cabelos
sentir os gelados dos pés
pisando nas poças
ou só ficar nos ouvidos
os olhos cerrados
entoando as notas musicais
(GeraldoCunha/2021)
cosme.cosme1953@gmail.com
CurtirCurtir
Chuva a entoar…
CurtirCurtido por 1 pessoa
Geraldo, você é um belo poeta
CurtirCurtir
Barulhinho de chuva mansa, cheiro de terra molhada… nostalgia.
CurtirCurtir