
Dar nomes aos regalos
Meu passarinho de madeira não é mais de madeira é o Sebastião
O pássaro de origami não é mais Tsuru ….. é Miyake
e nisto não se tem nenhum desrespeito

à beira da estrada
Lembram um dia na Serra do Cipó,
Vestiram-se de Araci, Arlete e Matilda
E aquela criança deve ser hoje um adulto… um artista… espero.


Os São Franciscos que vão chegando não são só imagens devoção
simbolizam paz esperança e amizade
Ser lembrado acarinhado
Como os pássaros que os circundam
logo que chegam vão pegando intimidades de Chicos
O beija-flor, aquele do poema que vem na varanda, que se fez cotidiano, nas visitas pelas manhãs e agora às tardes
(Certo que é visita de hospital)
é O beija-flor
pelas carnes
os ossos
as penas …
e o bico que bebe da água que lhe sirvo
e não me pede mais nada


Não tenho livros, tenho Pessoas, Clarices, Drumons, Gabos, Saramagos …. e uma lista desalfabéticas de outros tantos seus vizinhos que se juntam aos Mias , Conceições, Valteres , Quintanas e fazem festa ao som de Abelhas Rainhas Rouxinóis Sabiás que pousam em guardanapos de papel



TextoEfotografia
GeraldoCunha

Coloco nome em tudo ou passo para o diminutivo. Assim, os pardais que me visitam todos têm nome, as lagartixas são as tixinhas ou os pequenos insetos voadores são os quitinhos, e por aí vou levando. A vida parece mais leve e feliz. Gostei imenso do post, me fez sentir em casa. Abraço carinhoso, Geraldo.
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Primeiro obrigado Fernando espero e recebo suas mensagens com muita alegria. Tenho estado ausente do blog, mas sempre retorno, aqui no acolhimento. Isto que disse mostra muito da nossa sensibilidade e do processo inverso da coisificação. Disse tudo “a vida parece mais leve e feliz”…. o que para mim também é uma verdade. Para além de objeto estão as memórias que eles guardam! Gratidão … abraço
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Arte múltipla e diversa… Parabéns! Me fez lembrar Emmanuel, meu filho, que nomeia todos seus brinquedos…
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Só tenho a dizer: UAU!
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