Atravessa os instantes das horas
à espera da morte
“Augúrio aziago”
Desatento ao prenúncio
No disse me disse dos testemunhos
O desenrolar dos acontecidos
Como cama vazia
Aconchego de tristeza
Perde-se a cabeça
Entrega-se à primeira paixão
Desonra das carnes
Vingada no arrebatar de facas
No que dizem ser defesa da honra
Oculta a covardia
do olho por olho
do dente por dente
Sem notas de arrependimento
Vida que se despede
Presságio
“nunca houve morte mais anunciada”, disse Gabo
Enquanto o luto veste-se de vermelho
Morre-se sem entender a morte
De facas que escorrem sangue inocente
📖
Obra de Gabriel Garcia Márquez
Na percepção de GeraldoCunha
Os destaques em “ ” são da obra
Prefácio: “O que explica a tragédia que se abateu sobre o protagonista de Crônica de uma morte anunciada?”
Aprendendo…
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