Não é o tempo que está diferente,
Éramos nós os indiferentes.
E ainda somos!
Sempre choveu e o tempo se fechou como de luto.
E para o tempo a tristeza destes dias não é diferente de hoje.
O medo, a insegurança, a dúvida sobre o amanhã aflora os sentimentos.
Nos faz perceber que só temos o hoje.
E como não percebemos isto antes?
O tempo percebeu.
Inventou o passado e o futuro para rir de nós.
Enquanto uma camada cinza redoma nossas cabeças,
Nos tranca com nossos pensamentos no sombrio do solitário.
Jogamos com o tempo, como se fosse o adversário, o rival, o inimigo.
Engano!
Lutamos com nosso reflexo que trêmula na poça d’água.
Indignamos como nossas próprias atitudes medíocres, quase sempre disfarçadas por vis atos nobres.
(GeraldoCunha/2020)
Estamos vivendo tempos difíceis.
Espero sair melhor, aprender algo ….
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Esperançamos! Passará…passarão.
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Sem dúvida, texto que traz, com sensibilidade, o poeta/poesia o quanto naturalizaram o que há de pior hoje em dia. Nos versos, encontra-se ainda que o sombrio esteja presente para que a construção da consciência seja no presente. Um grande poema. O meu abraço e seguimos na luta e na fé.
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Obrigado de coração pelo comentário tão cuidadoso e consciente. Poema não se explica, mas a inspiração para este foi um dia estranho (e não estão todos?) , estava fechado, com cara de chuva, escuro…e num rompante o sol apareceu (com chuva) por minutos (nem isto talvez) e fechou novamente. Abraço fraterno.
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Lindos versos, Geraldo. Imagens fortes.
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Obrigado! Tempo de muita reflexão, se já não era!
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E o tempo a jogar conosco e nós a acharmos que jogamos com ele… Ele é indiferente a todos nós e achamos que nós é quem o somos…
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Perfeito! E o tempo ri de nós e prega peças…e segue como deve ser. Gratidão . Ótimo domingo!
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