O dedão do pé;
A quina da cama;
A unha encravada que doí;
A tatuagem que não fiz;
Ronco;
O peito que bate acelerado;
A vertigem;
A saliva escorrida entre os lábios;
A noite que abandona o sono:
O pensamento!
Não sai pela boca e atordoa.
O peso;
O preço pelo doce que não ficou na vitrine;
Os olhos famintos;
Os cheiros que atravessam a narina;
Engasgo com farelo de pão;
As dores todas;
A insistência em olhar no espelho;
A persistência em esconder os cabelos brancos;
As rugas que sulcam a face;
Os passos…
(GeraldoCunha/2020)
Texto produzindo para a oficina de escrita: O verbete, a lista, o manual”, março/2020.
Novas formas de poetizar
Entre uma coisa e outra… vejo tudo acontecer. Gostei! Abraços
CurtirCurtido por 1 pessoa
Obrigado Bia. É uma forma de escrever poema classificada como ‘lista’, estou achando bastante interessante de desenvolver. Abraços
CurtirCurtir
Seus poemas preciso ler em voz alta… Minha perguntou: falando sozinho pai? Respondi: não filha. Poetizando com um amigo poeta… Ela, então me olhou e disse: eu também faço isso, só que com minha amiga de youtube…Sinais da quarentena…
CurtirCurtido por 1 pessoa
Gostei! Este poema é identificado como “lista” na oficina de escrita que participo, algo bem interessante pois permite ir do concreto ao abstrato sem amarras, provocante este agradável incômodo literário. Às vezes faço isto às vezes (leio em voz alta pois não decoro nada que escrevo rsrs) mas não sei declamar, a voz não acompanha o pensamento! Gosto quando declamam, pois é quando mais percebo se fui ou não compreendido ou se o que escrevi trouxe outra significação (o que acho muito interessante e instigante também). Grato!!!!! Abraço!
CurtirCurtir
Eu ainda não entrei pela Seara de declamação e vídeo. Mas, tenho pensado na possibilidade. Fraterno abraço.
CurtirCurtir