Reinvento as esquinas,
Troco as placas de lugar,
Confundo os pedestres,
Que apressados,
Não entendem
As minhas ruas.
Sou eu quem
Destruo,
Construo,
Reinvento.
Invento becos
Que não levam
A lugar nenhum.
Só pelo mistério
Que aguça a curiosidade.
Desenho bueiros
Por onde escapo
Quando me sinto
Acuado,
Desconfiado,
Arredio.
Para percorrer pelas vias
É preciso conhecer a mim
E não ter receio das surpresas,
Nas esquinas,
Nos becos,
Nos bueiros.
São os desafios
Para se encontrar
O paraíso calmo
Ou cair num
Mundo de perdição!
(GeraldoCunha/2020)