
Lá pelas tantas não sabia se queria voltar.
Fui longe demais.
Vi, ouvi e falei pelo caminho.
Não era mais o mesmo desde que tudo começou.
Nunca se é.
Fui triste, alegre, indiferente e foi como deixei de ser, para ser outro eu.
No trajeto sempre surgia a dúvida entreve seguir e voltar.
A opção foi sempre seguir, mesmo quando tudo indicava que o melhor era voltar.
Recuei algumas vezes, mas nunca ao ponto da partida.
Recuar parece voltar, mas não é.
Voltar é desistir daquele caminho e não seguir outro.
É ficar.
Recuar é parar, tomar fôlego, avaliar estratégias e escolher entre ir para aquele mesmo lado ou seguir outro, sempre em linha reta.
Encontrei atropelos, resistências físicas e psicológicas minhas e de outros que faziam parte do trajeto.
Sentei um pouco, sem recuar, analisei, assimilei e me curei, para seguir.
Não foram poucas as vezes que estava só, noutras queria estar só.
Quantos também foram os momentos em que, acompanhado, sorri e chorei, ofereci o ombro e fui acalentado.
O caminho desde a partida tem sido longo.
Talvez tenha percorrido a metade do que me foi destinado.
Ou um pouco mais.
Vai saber.
Isto, se um dia foi importante, não mais é.
(GeraldoCunha/2016)
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