Estamos surdos.
Inebriados pelos pensamentos,
Ignoramos!
Não ouvimos o trovão
E a chuva passa!
Estamos cegos.
Encantados pelo reflexo,
Iludimos!
Não vemos a escuridão
E pisamos nos cacos!
Estamos anosmáticos.
Camuflados por aromas,
Sufocamos!
Não apreciamos os jardins
E as flores secam!
Estamos insossos.
Paranóicos com os padrões,
Devoramos!
Não sentimos o paladar
E a maçã está podre!
Estamos mudos.
Amordaçados pelas convicções,
Reprimimos!
Não gritamos por socorro
E a vida passa em silêncio!
(GeraldoCunha/2019)
Mais um poema reflexivo…, mas, a última estrofe, sem dúvidas, dá um livro nesta era de redes sociais e falta de leitura, e de, muitas convicções..
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Obrigado. Escrever tem sido ‘perigoso’ neste mundo das convicções. Mais do que ler é preciso saber interpretar e você faz isto muito bem. Fico sempre grato por suas ponderações que sempre acrescentam!
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Valeu meu caro…não apenas escrever está ‘perigoso’… precisa ver como está perigoso falar em sala de aula.
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Precisamos aguçar nossos sentidos!
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E como precisamos… os sentidos estão preguiçosos !
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