(Gostou? veja também Jogo do tempo)///
Quando percebemos havíamos nos abandonado
Não sei mais quem foi embora primeiro
Certo é que fomos nos distanciando
A cada ausência injustificada
A cada telefonema não prontamente atendido
A cada silêncio mal interpretado
Aquilo que era inteiro virou metade
Foi se esvaindo
Até desaparecer
Já não sentíamos ou fazíamos falta
Ficamos ali
Cada um em seu canto
Feito lembranças empoeiradas!
Não mais importavam as justificativas pela ausência
As desculpas por não atender prontamente o telefone
Ou as tentativas de explicar o silêncio
Nos abandonamos
Antes queríamos sempre próximos
E não havia barreiras de comunicação
Ou obstáculos que não enfrentássemos juntos
Tudo era leve
Ou ficava mais leve quando estávamos juntos
Já não estamos mais!
Não voltaremos mais
O que foi abandonado que fique
Pois já não nos satisfazia
Não nos complementava
Não era verdadeiro
Somos estranhos conhecidos
personagens de uma história que passou
E agora só retratada em vagas lembranças
Não sei mais se vivenciamos tudo aquilo
Ou se foram excertos de poemas
Ou poesias que povoavam nossas mentes
Havia música onde hoje há silêncio!
(GeraldoCunha-originalmente publicado/2016)
Nossa que lindo poema!!! Parabéns Geraldo. Sucesso! Grande abraço, Gabi Rocha.
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Obrigado Gabi, gosto muito deste poema também é da primeira fase do blog. Abraço
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Uma boa escolha para reeditar!
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Obrigado Dulce!
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[…] Divagações & Pensamentos […]
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Acabei de conhecer seu blog e me deparo com um poema sensacional. Parabéns, Geraldo!
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Obrigado Matheus! Seja muito bem vindo.
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A ternura legal da pura e total sentimentalidade racional recheada de saudade.
Parabéns pelo talento maravilhoso que tens para descrever o fim de um sentimento amoroso! ❣️
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Obrigado Paulo!
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