Minhas duas vidas


(Gostou? veja também Há tempo)…
– Tenho duas vidas:
Extremos paralelos,
Com ponte rompida,
Barco à deriva,
Nevoeiro que cega,
Âncora lançada ao mar.

  • Uma que chamo tédio:
    Em que as palavras são cruas,
    Os gestos são mecânicos,
    Os sentimentos são vitimização,
    Os desejos são fraquezas,
    As pessoas são apenas corpos.
  • Outra que chamo poesia:
    Em que os sentimentos estão nas palavras,
    Os gestos se convertem em emoções,
    Os desejos tomam formas de paixões,
    As fraquezas se transformam em esperanças,
    As pessoas se traduzem em amores e desamores.

(GeraldoCunha/2018)

12 Comments

  1. Porra gostei muito deste poema, Geraldo Cunha!

    Parabéns mano pela intuição y pela síntese!

    A segunda via é de fato “o caminho da poesia”; sem dúvida, a trilha onde o homem, em seu percurso, caminha essencialmente em direção ao Pódio da Literatura: onde Ele Próprio se encontra “poeta” y reconhece a si mesmo como “portador da voz de toda a humanidade” ao cantar homílias rimadas: as dores, as alegrias, o Homem, a Natureza, Deus y o Universo.

    Abraço amigo!

    Curtido por 2 pessoas

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