Olho mágico – uma modinha


(Gostou? veja também Porta-retratos de abril/2017)…
Um dia vi a tristeza bater à porta.
Estava acompanhada do desânimo.
Bateu tantas vezes, insistiu, não abri.
Desistiu, foi embora, levou consigo o desânimo.
Não mais voltou, se voltasse, não abriria.

Um dia vi a felicidade bater à porta.
Estava acompanhada da empolgação.
Bateu tantas vezes, insistiu, não abri.
Pensou em ir embora, persistiu, abri.
Entrou, trouxe para dentro a empolgação.
Ficaram e não querem mais sair.

(GeraldoCunha/2018)

6 Comments

  1. Acho que o poema (quase romance…) está muito bem construído em termos de paralelismo.
    Tem um fio condutor, uma mensagem forte e as rimas, especialmente as interiores, são subtis e muito bem colocadas.

    Só acho que não abrir a porta à felicidade e à empolgação é uma forma de viver… no mínimo: estóica… e no máximo: triste.

    Abraço

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