Olhando fixo para o papel ainda branco, apenas com alguns riscos sugerindo algo a ser contado.
O vazio daquelas páginas, retratando uma alma escravizada por pensamentos que não querem se mostrar.
Folhas e folhas descartadas em um canto, arremessadas pela implacável dúvida de como começar.
A cada tentativa uma nova palavra surge, dando sentido à anterior, mas pedindo um complemento que não vem.
(GeraldoCunha/2016r)