Há tanto para se fazer, mas não por agora.
Há tempo de sobra, muitos são os relógios.
É o deixar para amanhã, com sensação de culpa.
É o desperdício do tempo, sabendo que não há volta.
E o agora vai ficando para depois, sem nunca chegar.
E por agora é o suficiente, pois o depois parece não ter hora.
É o querer ficar, ficar e só ficar.
É o querer segurar os ponteiros do relógio.
É o tempo da sempre espera, sem qualquer realização.
É o tempo mesmo de esquecer e de perder a razão.
(GeraldoCunha/2017)
Bonito poema amigo!!!
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“Há tempo para tudo na vida”, diz um famoso texto da Bíblia. Mas nem todo o tempo é aproveitado, e sobretudo nunca sabemos se fizemos “tudo” o que casa “tempo” nos pede. A Vida é uma procura de belanço entre o tempo e a graça, entre o “fazer” e o “aceitar”… Gostei do seu poema!
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Obrigado, belíssima interpretação e análise. 🙏
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Corrigindo acima uma gafe: onde está “casa “tempo” nos pede” devia estar: “Cada “tempo” nos pede”… e mais abaixo “balanço”…
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