Não gosto das indiretas, quase sempre acho que são para mim e gasto horas tentando interpretar e me encaixar no perfil descrito.
Quando não isso, outras horas tantas gasto tentando adivinhar para quem foi direcionada ou qual a circunstância que levou a isso.
É sempre um fardo para mim, pois aflora uma fraqueza que tento não ter, mas que tenho e por não conseguir não tê-la, escondo bem lá no fundo do meu ser.
Aí vem a indireta lançada a quatro ventos, com endereço certo, por certo não para mim, e eu divido com este não sei quem a dúvida é a certeza da insatisfação do outro.
Pelo menos neste ponto sou um ser solidário.
Fosse eu egoista, deixava para o outro a certeza da indireta.
(GeraldoCunha/2016)