Não é razoável sentir-se pleno e realizado sem dar ao menos uma contribuição para o desenvolvimento social da comunidade.
Não falo de pagar impostos, protestar com discursos inflamados, comprar entradas com alimentos não perecíveis, fazer uma doação de agasalhos ou dar umas moedas a um pedinte necessitado. Estes, como tantos outros, são gestos e atitudes que fazem parte da rotina e que sempre vão existir, por mais que evoluída e democratizada a sociedade. Apenas se apresentarão de diferentes graus e formas de necessidades, mas sempre resultando em nossa indignação.
Falo de humanizar as relações, trazendo neste discurso retórico uma reflexão que todos certamente fazem na solidão de seus pensamentos, mas que nem sempre adotam.
Somos seres solitários vivendo em grupo!. Aos mesmo tempo que temos a necessidade de estarmos sós, para construir ideias, queremos estar rodeados de pessoas, para expor e compartilhar estes pensamentos. No entanto, nem sempre estamos preparados para, abrindo mão de nossas ideias, pensamentos e opiniões, parar ouvir e ver o outro.
Há uma necessidade de julgamento, viramos todos juízes dos pensamentos, ideias e comportamento dos outros e, às vezes, do nosso próprio. Com isso o que era para ser compartilhamento de ideias se transforma em acaloradas discussões, na tentativa de imposição e sobreposição de um pensamento ou modo de ser e se apresentar.
É preciso, para o desenvolvimento de uma sociedade, a adoção de pequenos gestos cotidianos, simples e que resultam em uma mudança de comportamento e modo de pensar. Cumprimentar as pessoas, ainda que com elas nunca venha a dialogar; manter um sorriso no rosto, mesmo dentro do elevador; perguntar como foi, está ou pretende que seja o seu dia; esperar que o outro exponha suas ideias para que você possa, se for caso, expor as suas e de alguma forma contribuir para a evolução do pensamento do outro, sem se impor ou julgar. Lembre-se, não existe uma única forma de pensar e de agir. Não há um manual a ser seguido.
São comportamentos e atitudes que não temos o hábito de praticar, pelo nosso egoísmo mesmo de querer, seres solitários, vivermos em comunidade sem compartilhar.
É um discurso retórico, que se afirma em uma ideia pronta, respeitando as opiniões contrárias, para provocar uma mudança simples e eficaz de comportamento.
(GeraldoCunha/2016)
Muito bom.Parabens,,
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